por Paulo Jonas de Lima
Piva
Deus como problema superado, como
tema anacrônico, como falsa questão. Isso talvez só aconteça na Academia, isto
é, no mundinho dos zeros, normalmente à direita. Já nas praças e nos maracanãs
lotados, onde está o que realmente importa, tanto do Ocidente quanto do
Oriente, no cotidiano coisificado e na realidade estúpida e desesperada dos
mercados, a crença na existência e no poder de um deus único permanece o maior
e mais eficaz dos subterfúgios, dos consolos, uma miragem assaz viva para
milhões de obcecados pela vontade de mentira e ilusão. Portanto, para evitar
novos onzes de setembro e novas inquisições, para lutar contra a homofobia,
pelo direito ao aborto e ao prazer, pelo avanço da ciência e das tecnologias
que diminuem ou eliminam sofrimentos, pela liberdade de expressão, de crença e,
sobretudo, em nome da tolerância, não arredemos o pé do velório.
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